sábado, 18 de julho de 2009

No cinema mudo, bailarina de muletas.

Foi quando mudamos de cenário. A história continuava com novos ingredientes, um tanto mais límpida, um tanto multicor. Tudo tornava motivo para luminescências...


Enquanto todos piscavam, com seus olhinhos fotográficos de orvalho, cristais multiformes saltavam naquele ambiente...

O esperar de Virgínia por algo interno, como o encher de um pote de barro. O esperar ultrapassar de si. Capacitação esplendorosa do espírito.

Pensando na rua e andando no nada, batendo a saudade de matar a vontade de te escrever. De lhe dizer do meu carnaval Amarelo, que de tão Amarelo manchou minha cara-pálida de toda cor.
Colares de margarida, cristaizinhos multicor, uma saia de havaiana e no fundo alguém gritando Alzira, com voz e violão.

São tantos os filmes de Bertolucci que volatilizam meu vinil. Mesmo tendo assistido à poucos ele descompassa meu pulso epileticamente. Crises convulsivas no meio da bateria da Mangueira, e eu com um nó nas pernas sem poder bailarinar. É o medo, medo destes tamborins que já me estouraram as córneas várias vezes. E ali,...Ouvindo e deliciando a escola...Por ela, Em respeito à ela, por querer estar ali, mas sem dançar.
Perdão por meus Maracatus covardes.....estes leves com gosto de goiabada de domingo, que tiram meu amargo fel e não exigem dança...neste cinema mudo...Que sou bailarina de muletas.

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