domingo, 30 de agosto de 2009

O eco na terra do Limão


A cura do Limão
em 20 dias

assim segue o tratamento

no primeiro dia um limão - em jejum - existe conforto pela pequena dose, tomada sempre de uma só vez, assim é o tratamento - um desconfortável medo pelos dias que virão
no segundo - dois -
e três, no terceiro - em jejum -
quatro no quarto
e cinco - de uma só vez - em jejum - no quinto dia
no sexto, seis -
sete - de uma só vez - no sétimo - em jejum
oito
nove - copo quase cheio de uma só vez - em jejum - no nono
dez no décimo dia.
em jejum, de uma só vez -assim é o tratamento

chegando assim ao décimo dia

mais 10 dias
e agora retrocedendo
no primeiro dia - dez - nesta fase, não há medo, já se sabe o gosto do limão em pequenas e grandes doses, nem conforto - de uma só vez - em jejum - por mais nove dias.
no segundo - copo quase cheio - nove
terceiro dia - em jejum - oito
no quarto sete
no quinto - jejum - seis
no sexto cinco
no sétimo - quatro
no oitavo - três -
nono dia - dois
no décimo - um limão.

no tratamento não é garantido a cura
não há documentos, nem depoimentos de um caso de cura
e se ele cura não é no tempo previsto




Na terra do Limão o eco corroeu a idéia de cessar o eco

Repetição do eco

É o Tempo que pára
na tela Em Branco
quando chega a Tristeza e suas Agruras
nos passos do Viandante.

Repetição do eco
'O Viandante marca o Tempo'

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

n
a
d
a































h
a

A inabitável praia do amor

A textura da areia e o calor aconchegante existente em baixo dela
O movimento da água e sua melodia
O horizonte inatingível e ilusionário
As nuvens mútaveis e de multiformas bailando em cima dessa paisagem.
São belos demais para serem habitados, mesmo por uma tarde.

E o amor no extremo de sua utopia, de seu otimismo, de sua crença, é, não menos belo, para ser vivido.

O sonho de matar o amor, falece na presença de um novo.
E o desejo de vê-lo falecer volta a cada partida.

Nesta inabitável praia fica o sonho, a ilusão, o desejo e a morte, respectivamente ou não!




terça-feira, 25 de agosto de 2009

o humano
presente nesse eterno e existente plágil de outras vidas


mudanças
distanciamento espaço temporal
na história e nos acontecimentos épicos













duvidamos e hesitamos.





o sonho



Em teus olhos sinto uma certeza que não existe
sinto uma sabedoria que não tenho
E ao ouvir os teus planos de solidão
nada me prometes

E ainda assim sei que por mais cruel que seja o inferno
lá encontraremos questionamentos e sonhos
E por mais perfeito que pareça o paraíso lá encontraremos respostas insuficientes e a mais traiçoeira das esperanças

nos teus olhos insones há sonhos que não conheço
e se anceio por dar sombra a tua alma, dou sombra a minha

Retornamos sempre ao que não sabemos
e isso tem o sabor do humano desespero

Meus olhos umedecidos de tantos sentimentos
mostram minha inquietude

Sendo nós, de todo modo, neste ato: dois humanos.






segunda-feira, 24 de agosto de 2009

um certo otimismo difícil de descrever.




















tem tantas outros dessas palavras em sentidos- sinônimos e antônimos - presentes nos pensamentos
não menos difícil de descrever.







e por fim se sente.
...


"Mulheres tem um ótimo instinto a respeito das coisas. Elas podem descobrir tudo, menos o óbvio."
Oscar Wilde

Descrito por um homem, nem mais, nem menos do que se fosse por uma mulher, mas certamente menos maquiado, as mulheres normalmente percorrem caminhos diversos, andam em círculos, e depois voltam para chegar a um passo de onde sairam.

sábado, 22 de agosto de 2009

Ver-de como desce amargo esse gosto do encanto, ver-de como traz prantos ruminando a alegria.
Ver-de ainda poeta da vida, como não é fácil ser tão doce, como não é fácil ser tão livre, como não é fácil ser tão só. Ver-de ainda poeta como algumas poesias sugerem candura, como os dedos relatam o sonho.
Ver-de poeta, como se é feliz nos sonhos e nas poesias, aos que lêem é doado mais um pouco dessa encantadora ilusionária alegria, retratando a realidade da imaginação.

Mas por fim dar-te a alma um pouco da verdade, lubrificando essa engrenagem que faz criar alegria na imaginação, no sonho e na poesia.


o vento arrancou as folhas
as folhas abraçaram o vento
a árvore está nua
fria
as folhas secas dançam com o vento
voam em volta da árvore
voam livres
cassoam da morte e da árvore
as folhas livres
deixam na árvore nudez e frio
e
se divertem
sentem a liberdade de serem
um pouco vento
de serem secas, mortas e livres
ao
se perderem
e
sumirem
junto com o vento
para longe da árvore viva, nua e fria
já esquecidas do tempo em que foram folhas
se achando tanto mais vento
caem no chão
morto, nú e frio
sem a força do vento
veio subtamente entranhada
e lembrança de que eram folhas.
secas, mortas e livres.
não ,
não há


































a tela em branco, de fato é insistente.
a vontade do encontro.

não menos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Vomitei os lamentos
ao menos parte deles
eles estavam lentos
pesados
passados
soterrados de suposições
leveza só nas lembranças
já cansadas de lembrar
daquela velha tentativa
fraquejada de querer viver o que já foi vivido

ai
prossegui
me permiti
mesmo achando
que não me permitiria tanto
prossegui
a passos lentos
só os segundos, minutos e horas eram rápidos


Vislumbrei que naquela cama
éramos imunes
imunidade cara
rasgando sentidos e sentimentos
escondidos
temidos

por fim nús.

E nessa confusão
confundo-me
fortemente confundo-me
por hora
sem pressa

na confusão
o mistério
na ponta dele o absurdo do incógnito
onde eu adentro.

domingo, 16 de agosto de 2009

" O homem está chegando à lua, porém a mais de vinte séculos um poeta já soube os feitiços capazes de fazer a Lua descer até a terra. Qual é, no fundo a diferença? "




Júlio Cortazar.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Confesso

Confesso a dúvida
persistente
Confesso o cuidado
embriagado
Confesso ainda o receio
invasivo
Confesso por fim
não confessar tudo que penso
por medo, cuidado e receio
Culpa voraz dos ultimos dias em que falo em silêncio
e me questiono aos gritos em pensamento.

sábado, 1 de agosto de 2009

e se acreditas que preciso,




peço perdão por ainda acreditar.

um pouco menos, um pouco mais


Sem pensar eu agi
Para entender
Que eu poderia parar
E agir um pouco menos

Sem pensar eu falei
Para entender
Que eu poderia calar
E pensar um pouco mais

Sem pensar eu amei
Para entender
Que eu poderia amar
E cobrar um pouco menos

Sem pensar eu sonhei
Para entender
Que eu poderia sonhar
Falar e agir um pouco menos.
Amar um pouco mais.