quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Habituado no seu tempo, eleito os instantes, algo como deitar e dormir após inúmeros porres ou talvez aspirar o desandar, voltar para si. Preferência desapegada a provável desventura, a possibilidade de jazer o cansava pela desesperança, há tempos não apreciava vozes, frases repetidas, flor morta no livro velho, saudades. O gosto lapidava-se para o sugar profundo das pequenas formas, das sombras, das bocas, da brisa. As migalhas honestamente possuídas, se possuíam por partes, com a euforia calma do por vir. A pouco se via enormes muretas de vidro, de formas grandiosas, admirável se rompidas por raios de sol, matéria morta, na escuridão das noites des.luadas. Elegera no árduo rescindir de murros, os cacos, finos, pontiagudos, translúcidos e alucinantes, eloqüentes formas voadoras, quase imperceptíveis, nem sol, nem lua, vento alçando os cacos, os pós, nos olhos. Vibração na textura, saliva no aroma transpirado. Imêmore de si, sorrisos cegos nos cacos embebidos, caminhos retos nas curvas, curvas labirínticas. Dentro e fora, por vezes fora o mesmo e mesmo na imaginação sem cautelas, na essência que parada se move, habituado ao apreço de cada instante - desacobertado de si, também desacoberta - cegos pelos cacos, limpos pelos pós em carne aberta.

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