quinta-feira, 10 de março de 2011

Soneto de separaçao

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das maos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a ultima chama
E da paixao fez-se o pressentimento
E do momento imovel fez-se o drama
De repente nao mas que de repente
Fez-se de triste o que e fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo proximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, nao mais que de repente

Vinicius de Morais

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