sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Óh, nem pressa, nem espanto
de onde venho vindo
não há nada se não algumas nuvens o vento e o terral
e já foi diferente

não há chão, nem parede
nem cartas secretas
foi a metáfora
foi a interpretação do impróprio
pensamos e.


eu danço sozinha na praia com os fones nos ouvidos

e olho para o lado contrário dos prédios, dos carros e das pessoas

não haveria de ser, eu danço sempre sozinha e não me importaria se você estivesse sentado observando, eu olho onde não alcanço, e os pés e as pisadas de outras pessoas e piso na areia molhada que seca e apaga, depois fecho os olhos sentindo por dentro, eu não consiguiria vê-lo.
também não danço, me sento e observo o lado contrário, com as letras que vagam por dentro.


e quando lemos os olhos, isso me parece fantástisco, e não digo nada, músicas sem palavras.
.


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